quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Submissão.


Submissão com alegria é a segunda característica de um discípulo. A submissão é muito mais do que obediência. É uma atitude interior de confiança no Deus soberano, amoroso e onisciente.
Cristo convida-nos a confiar Nele: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu juggo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas almas. Pois meu jugo é suave e meu fardo é leve”(Mateus 11: 28-30).
“Tomem o meu jugo”significa submeter-se à autoridade de Cristo, confiar Nele. Submissão é a precondição para o resto que Cristo promete a seus discípulos.
Cristo porém, não se agrada de mera obediência. Ele quer também que seus discípulos sejam submissos – que  confiem nele. Existe muita diferença entre submissão  e obediência.
Os fariseus oferecem um exemplo clássico de obediência sem submissão. Eles obedeciam à letra da lei sem compreender o espírito  pelo qual Deus desejava que ela fosse interpretada.
Eles não confiavam no julgamento de Deus porque a sua lei mais alta, a lei do amor, era-lhes totalmente estranha.
A bíblia também relata incidentes de submissão sem obediência. Se as leis dos homens entram em conflito com as leis de Deus, o discípulo pode ainda ter o espírito submisso demonstrando abertamente sua confiança em Deus.
Pedro e João mantiveram espírito submisso a Deus mesmo quando desobedeciam a uma lei injusta. Quando aqueles que tinham autoridade sobre os apóstolos ordenaram-nos a parar de ensinar a respeito de Jesus, eles se recusaram a obedecer (Atos 4: 18-20). Continuaram a ensinar a respeito de Cristo e ainda oraram pedindo ousadia para fazê-lo. A submissão à autoridade suprema de Deus exigiu que desobedecessem às autoridades temporais.
Note, por favor, que Pedro e João não ocultaram sua desobediência, mas pregaram abertamente, confiando as conseqüências ao Senhor. Eles estavam dispostos a sofrer mais punições se assim as autoridades resolvessem, sabendo que sua obediência publica a Deus traria gloria a Ele.
Se os apóstolos viessem a se sentir “culpados”caso alguém os “pegasse” fazendo aquilo que acreditavam ser justo, não teriam espírito submisso. Um ato realizado com espírito submisso não causa culpa. Se o discípulo desobedece abertamente às autoridades temporais em obediência direta à vontade de Deus, como a oração ilegal de Daniel (Daniel 6: 10), e estiver disposto a sofrer as conseqüências, ele é submisso.
O discípulo luta por manter uma atitude de confiança na autoridade de Deus, não importa o preço.
Fonte: A formação de um discípulo, autor Keith Phillips, paginas 49,50 e 51.

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