Submissão com alegria é a segunda característica de um
discípulo. A submissão é muito mais do que obediência. É uma atitude interior
de confiança no Deus soberano, amoroso e onisciente.
Cristo convida-nos a confiar Nele: “Venham a mim, todos os
que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre
vocês o meu juggo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e
vocês encontrarão descanso para suas almas. Pois meu jugo é suave e meu fardo é
leve”(Mateus 11: 28-30).
“Tomem o meu jugo”significa submeter-se à autoridade de
Cristo, confiar Nele. Submissão é a precondição para o resto que Cristo promete
a seus discípulos.
Cristo porém, não se agrada de mera obediência. Ele quer
também que seus discípulos sejam submissos – que confiem nele. Existe muita diferença entre
submissão e obediência.
Os fariseus oferecem um exemplo clássico de obediência sem
submissão. Eles obedeciam à letra da lei sem compreender o espírito pelo qual Deus desejava que ela fosse
interpretada.
Eles não confiavam no julgamento de Deus porque a sua lei
mais alta, a lei do amor, era-lhes totalmente estranha.
A bíblia também relata incidentes de submissão sem
obediência. Se as leis dos homens entram em conflito com as leis de Deus, o
discípulo pode ainda ter o espírito submisso demonstrando abertamente sua
confiança em Deus.
Pedro e João mantiveram espírito submisso a Deus mesmo
quando desobedeciam a uma lei injusta. Quando aqueles que tinham autoridade
sobre os apóstolos ordenaram-nos a parar de ensinar a respeito de Jesus, eles
se recusaram a obedecer (Atos 4: 18-20). Continuaram a ensinar a respeito de
Cristo e ainda oraram pedindo ousadia para fazê-lo. A submissão à autoridade
suprema de Deus exigiu que desobedecessem às autoridades temporais.
Note, por favor, que Pedro e João não ocultaram sua
desobediência, mas pregaram abertamente, confiando as conseqüências ao Senhor.
Eles estavam dispostos a sofrer mais punições se assim as autoridades
resolvessem, sabendo que sua obediência publica a Deus traria gloria a Ele.
Se os apóstolos viessem a se sentir “culpados”caso alguém os
“pegasse” fazendo aquilo que acreditavam ser justo, não teriam espírito
submisso. Um ato realizado com espírito submisso não causa culpa. Se o
discípulo desobedece abertamente às autoridades temporais em obediência direta
à vontade de Deus, como a oração ilegal de Daniel (Daniel 6: 10), e estiver
disposto a sofrer as conseqüências, ele é submisso.
O discípulo luta por manter uma atitude de confiança na
autoridade de Deus, não importa o preço.
Fonte: A formação de um discípulo, autor Keith Phillips,
paginas 49,50 e 51.
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