quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O PODER E O PRINCÍPIO DA AUTORIDADE


A Bíblia não é um livro religioso, ela é um documento legal. É o Testamento da vontade de Deus. Jesus morreu para nos dar direito a ele. E não só isso, mas Ele ressuscitou para se tornar o advogado que vai se certificar se os “oficiais” trabalharão pelo nosso direito.

            A Bíblia não trata de uma religião, ela trata de um Rei, que tem um Reino, que tem uma família chamada "Filhos de Deus", que existem para Ele e detêm o direito sobre as coisas da Terra (Gn. 1:26).

            A palavra “domínio” vem do hebraico “radah”, que significa “autoridade do Reino; governo do Reino”. Nós fomos criados com a finalidade única e exclusiva de exercer domínio com autoridade.

            Mas, quando Adão cai, ele perde o domínio. Jesus vem para cá como homem para tomar de volta o domínio perdido pelo homem Adão. Por isso, o apóstolo Paulo os chama na Carta aos Romanos de o primeiro e o último Adão.

            Agora, o homem mais importante do contexto humano de Jesus foi João, o Batista. Malaquias profetiza que alguém viria como precursor/anunciador do retorno do Reino dos céus sobre a terra.

            Então, 400 anos depois (Mt. 3), surge João anunciando a chegada do Reino de Deus no deserto aos homens que o procuravam que o Reino estava próximo. Em Mt. 4:13 Jesus prega a mesma mensagem que João estava pregando. E assim, em todas as cidades seguia Jesus pregando a mesma mensagem:

·         O Reino dos céus:

            (Mt. 13:5-11) Jesus estava trazendo um ensino sobre uma das leis do Reino dos céus – a Lei da Semeadura. Cada país opera pelo seu sistema de leis. Jesus chama de mistério essas leis do País do céu.

            O ensino dele era para os homens aprenderem como ser beneficiados pelas leis o Reino dos céus. (v. 19) Eu lhes darei "as chaves" do Reino... No plural! Elas são princípios que abrem as portas do céu, trazendo o que tem lá pra cá.

·         Três princípios dos reis:

1)    Coroa: presidentes não usam coroas, somente reis;
2)    Cetro: representa autoridade;
3)    Símbolos e selos: mostram a quem interessar a marca desse rei.

            Dos três, o mais importante é o cetro. A coisa mais importante de um rei é sua autoridade. (Et. 4:9-11) Ester era rainha. Ela tinha uma coroa, seu anel tinha o selo, suas roupas eram bordadas com o símbolo real, mas, ela não tinha o cetro.

            Somente o rei tinha o cetro. E era do cetro do rei que ela dependia para a vida ou para a morte. O cetro é o que protege. Como rainha, Ester tinha poder. O detalhe é que a autoridade é mais forte do que o poder.

            (Sl. 110:2) A coroa não rege sobre os inimigos, quem faz isso é o cetro. Satanás não teme nossa coroa, nem nossos símbolos; ele teme nossa autoridade. Todos os seres humanos nasceram pra serem reis e rainhas nessa terra, pela autoridade de seu cetro de justiça. Por isso o Apocalipse o chama de Rei dos reis.

·         Todos nós temos duas classes de autoridade:

            1) Autoridade pessoal: todo ser que respira tem sua autoridade. Os pássaros têm a autoridade do vôo; os peixes, do mergulho; as sementes, de fazer brotar a árvore. A autoridade de todo homem são os dons, o talento e a habilidade que Deus nos deu para fazer algo especial.

            Mas tudo isso depende da: 2) Autoridade Divina: todo dom precisa de autoridade divina para funcionar legalmente. Definitivamente, entenda uma coisa: autoridade não é poder, e poder não é autoridade.

Poder é habilidade; energia; força. Autoridade é a permissão e o direito para alguém utilizar o poder. Até o poder precisa de algo superior a ele. Sem a autoridade, o poder é ilegítimo. Deus fez todas as coisas para que cada uma delas se submeta à outra:

A semente tem o poder de gerar a árvore, mas ela tem que se submeter ao solo pra poder liberar a árvore. O peixe tem o poder do mergulho, mas fora da água seu dom não funciona. Então, um dia, o peixe disse: "Eu sou bom demais pra ficar submisso à água". Ele pulou fora do rio... Morreu! A mesma coisa fez a planta que tinha o dom de dar a beleza da flor; ela quis ficar independente da terra... Morreu! ESCUTE:

·         A fonte de todo poder e o lugar mais seguro da terra é estar debaixo de autoridade:

         Nenhum poder é legítimo e nenhuma posição é segura fora de autoridade. Não busque o poder, busque a autoridade. Jamais se coloque debaixo de algo que tem poder se não tiver autoridade. O maior problema nosso é esse: amamos o poder, mas temos asco da autoridade.

         Talvez porque um dia nós tenhamos tido uma amarga experiência debaixo de alguém exerceu sobre nós poder, ao invés de exercer autoridade. Isso acontece muito em famílias, empregos, ambiente escolar...

         A autoridade verdadeira não impõe, não oprime, não manipula, nem obriga ninguém. A verdadeira autoridade:

- Não busca se beneficiar do seu sucesso;
- Não te usa pra promover a si próprio;
- Não espera nada de você além de seu sucesso;
- Não se alimenta do povo, ela alimenta o povo;
- Diminui a si próprio para que você cresça;
- Treina você, para que quando ele se for, obras maiores você faça;

O que significa se submeter a uma autoridade?

Submissão significa confiar no caráter, na credibilidade, na moral e no sistema de valores de outra pessoa. É andar debaixo da missão e da direção dela. Significa abrir mão da sua maneira pra seguir a instrução, a disciplina, a correção e o conselho que aquela pessoa vai te dar. Ela faz isso pra te dar proteção, às vezes, de si próprio.

Não se submeta a qualquer pessoa. Veja se ela foi testada pela prova do caráter; se ela é firme nos princípios que acredita. Promoção acontece quando teu líder te corrige e você, ao invés de amargurar, acata a correção e corrige a rota.

Foi o que Jesus fez com Pedro. Ele tomou uma bronca de Jesus, calou-se e submeteu-se. Depois que Jesus partiu, Pedro se torna o primeiro grande apóstolo, com uma pregação poderosa e com a unção dos sinais e prodígios de Jesus.

         Quando o líder corrige, estamos sendo testados. Nunca transfira autoridade pra quem não recebe correção. É a autoridade que respalda o poder a ser legítimo.

(Mt. 8:5) O centurião não era um judeu, ele era um pagão. (v. 6-10) Jesus ficou pasmo. Todos queriam que ele fosse a sua casa. A resposta que aquele centurião deu foi a mesma coisa que dizer:

"Eu estou te observando, Jesus. E o teu segredo não está no teu poder. Eu sei o quanto pode um homem como eu, que anda debaixo de sua autoridade. Quando eu mando um soldado meu ir, ele não ouve a minha voz, ele ouve a voz de César. Por isso me obedecem! Eu sei que se você der uma palavra à doença sairá, porque ouvirá a voz de Deus!".

Jesus sempre soube que o poder que Ele tinha não era o segredo do seu sucesso, mas sim estar debaixo da autoridade de Deus: "Faço e digo aquilo que ouço do meu Pai. Não faço o que tenho vontade, faço o que meu Pai me manda fazer”.

·         Por que o ministério de Jesus só manifestou aos 30 anos?

Nenhum homem judeu pode receber o título de rabino (mestre) – por mais estudado ou sábio que seja – antes dos 30 anos de idade. Por isso, o homem Jesus, mesmo sendo o Deus Filho, ficou submisso aos pais terrenos estudando e se preparando, mesmo sabendo quem era e qual era sua missão.

O primeiro ato de Jesus no seu ministério não foi uma demonstração pública do Seu poder; Ele foi e se apresentou à “bola da vez” na Terra – João, seu primo (às vezes, temos que nos submeter a membros de nossa família, talvez mais novo do que você).

         (Mt. 3:1-2, 13-17) Todo poder estava em Jesus. Como Deus Ele era o Criador de João, mas, na Terra, ele vai até João, para quem Deus Pai havia entregado o cetro, e, apesar de ter o poder, submete-se à autoridade dele.

Quando Jesus se submeteu a João o céu se abriu e Deus o confirmou publicamente como Filho. Aprenda essa lição:

1) Deus só confirma como filho – herdeiro do poder – quem se submete à autoridade que Ele estabeleceu;

2) O Espírito desce sobre ele: Todos nós já temos a presença Dele, mas quando você se coloca debaixo de submissão, Ele te empodera com a unção do Espírito Santo;

3) Uma voz vem do céu e anuncia quem Ele era: Jesus não precisou dizer quem Ele era ou ficar exaltando suas qualidades. Se você é submisso à autoridade, o próprio Deus o exalta!

4) Ele obedece a voz do Espírito Santo e vai para o “vestibular do deserto” pra ser provado e aprovado. Só depois de vencer as tentações do diabo que Ele dá início ao seu ministério de poder.

(Lc. 20:1-8) Os fariseus, quando o questionaram sobre sua capacidade pra ensinar não perguntaram "com que poder ensinava", mas com que "autoridade" fazia.

         Imediatamente ele invoca os faz lembrar que, antes de começar a pregar, Ele se colocou debaixo da autoridade de João. A forma que Ele anunciou isso foi com uma pergunta. Eles se calaram, porque sabiam que João representava a autoridade do céu!

         Em outras palavras, Ele disse: “Eu me submeti a João e ele impôs sua mão sobre mim transferindo autoridade para mim. João agora é morto, então...”. FIM!

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