segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Contentamento

Satisfeitos? É algo que não existe. Não estamos satisfeitos. Afastamo-nos da mesa de ação de graças, e damos tapinhas na barriga rotunda. "Estou satisfeito", declaro. Mas olhe para mim algumas horas depois, de volta a cozinha, a fim de esgaravatar a carne dos ossos. Acordamos depois de uma boa noite de descanso, e pulamos fora da cama. Não poderíamos voltar a dormir, nem que nos pagassem. Estamos satisfeitos... Por enquanto. Mas olhe para nós umas doze horas mais tarde, a fim de nos enroscarmos entre os lençóis. Tiramos as férias dê nossa vida. Planejamos durante muito tempo. Economizamos por anos a fio. E lá vamos nós. Fartamo-nos de sol, diversão e boa comida. Mas nem bem estamos a caminho de casa, e já tememos o fim da viagem, e começamos a planejar outra. Não estamos satisfeitos. Quando criança, esta foi minha declaração: “Se ao menos fosse um adolescente”. Na adolescência: “Se ao menos fosse um adulto”. Quando adulto: “Se ao menos fosse casado”. Na qualidade de cônjuge: “Se ao menos tivéssemos filhos”. Como pais : “Se ao menos os meus filhos fossem crescidos”. Numa casa vazia: “Se ao menos os meninos viessem nos visitar”. Aposentados, numa cadeira de balanço, com as juntas duras e a vista embaçada: “Se ao menos fosse criança novamente”. Não estamos satisfeitos. O contentamento é uma virtude difícil. Por que? Porque nada existe na terra que possa satisfazer-nos a ânsia mais profunda. Ansiamos por ver Deus. As despedidas da vida sussurram-nos que iremos-e não estaremos satisfeitos enquanto não formos. 


Max Lucado. Bíblia de estudo devocional.

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