Ele foi ferido pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a
paz estará sobre ele. Isaias 53.5
“Sendo, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus” (Rm 5.1).
Paz com Deus.
Que feliz consequência da fé! Não somente a paz entre os países, entre os
vizinhos ou a paz em casa; a salvação traz a paz com Deus.
Certa vez, um
monge e o seu aprendiz viajaram de sua abadia até uma cidadezinha próxima. Os
dois se separaram nos portões da cidade, e concordaram em se encontrarem na
manhã seguinte, depois de completarem as suas tarefas. Segundo o planejado,
encontraram-se e começaram a longa caminhada de volta á abadia. O monge
observou que o jovem estava estranhamente quieto. Então perguntou se havia algo
errado. “Isso não é da sua conta”, foi à resposta tensa.
Agora o monge
tinha a certeza de que o seu irmão estava perturbado, mas nada disse a
respeito. A distância entre os dois começava a aumentar. O aprendiz caminhava
devagar, como se quisesse se separar do seu professor. Quando puderam ver a
abadia, o monge parou e perguntou ao aluno: “Diga-me, meu filho. O que está
perturbando a sua alma?”.
O rapaz quis
responder da forma anterior, mas quando viu o calor nos olhos de seu mestre, o
coração começou a amolecer. “Eu pequei enormemente”, soluçou. “Na noite
passada, dormi com uma mulher e abandonei os meus votos. Não sou digno de
entrar na abadia ao seu lado”.
O professor
passou o braço ao redor dos ombros do aluno e disse: “Vamos entrar juntos na
abadia. E vamos entrar juntos na catedral. E juntos vamos confessar o seu
pecado. Ninguém, exceto Deus, saberá qual de nós dois pecou”.
Isso não
descreve o que Deus fez por nós? Quando mantemos o nosso pecado oculto,
afastamo-nos dele. Nós vemos nele um inimigo. Tomamos cuidado para evitarmos a
sua presença. Mas a confissão das nossas faltas altera a nossa percepção. Deus
já não é um adversário, mas um amigo. Estamos em paz com Ele, que fez mais do
que realizou o monge, muito mais. Mais
do que compartilhar do nosso pecado, Jesus foi “moído pelas nossas iniquidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Is 53:5). Ele “desprezou a
afronta” (Hb 12.2): em outras palavras, aceitou a vergonha. Leva-nos à presença
de Deus. (Extraído da obra Nas garras da Graça, de Max Lucado).
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