As Escrituras revelam pouco sobre
as roupas que Jesus usava. Sabemos o que João Batista, primo de Jesus, vestia.
Sabemos o que os líderes religiosos vestiam. Mas não encontramos uma descrição
das roupas de Cristo – se eram humildes a ponto de comover os corações ou
elegantes atraindo os olhares para Ele, não sabemos.
Uma referência à vestimenta de
Jesus é digna de menção: “Tendo, pois, os soldados crucificado a Jesus, tomaram
as suas vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte, e também a
túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura.
Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela,
para ver de quem será” ( Jo 19.23-24)
Devia ser a coisa de maior valor
que Jesus possuía. A tradição dos judeus explica que a mãe fazia tal veste e a
dava ao filho, como um presente de despedida, quando este deixava a casa. Teria
Maria feito este túnica para Jesus? Não sabemos. Mas sabemos que a túnica não
tinha costura e era tecida toda de alto a baixo. Por que isto é importante?
As Escrituras sempre descrevem o
nosso comportamento de acordo com as roupas que usamos... As roupas podem
simbolizar o caráter; assim como a sua roupa, o caráter de Jesus não possuía
costuras. Era coordenado. Unificado. Era como a sua túnica: uma perfeição
ininterrupta.
“Tecida toda de alto a baixo”.
Jesus não era conduzido pelos seus pensamentos, mas sim pela mente de seu Pai.
Leia as suas palavras:
“Na verdade, na verdade vos digo
que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao
Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente” ( Jo 5.19).
“Eu não posso de mim mesmo fazer
coisa alguma; como ouço, assim julgo...” ( Jo 5.30).
O caráter de Jesus era um tecido
sem costura do céu à terra... dos pensamentos de Deus até os atos de Jesus. Uma
única peça. Uma imagem completa do caráter de Jesus.
Entretanto, quando foi pregado na
cruz, /cristo tirou a sua túnica de perfeição, sem costura, e assumiu uma
roupagem diferente, a roupa da indignidade.
A indignidade da nudez. Despido
diante da sua mãe e dos seus entes queridos. Envergonhado diante da sua
família.
A indignidade do fracasso.
Durante algumas poucas horas repletas de dor, os líderes religiosos foram os
vitoriosos e Cristo pareceu ser o perdedor. Envergonhado perante os seus
acusadores.
E, o mais terrível, a indignidade
do pecado. “ Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro,
para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça” (1 Pe.
2.24).
As roupas de Cristo na cruz?
Pecados – aqueles que você e eu praticamos. Os pecados de toda a humanidade. (
Extraído da obra Ele Escolheu os Cravos, de Max Lucado.)
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